Desigualdade socioespacial nas cidades brasileiras é tema de reunião do GE de Construção Geográfica do Espaço

O Grupo de Estudo sobre Construção Geográfica do Espaço, do Movimento 2022: O Brasil que Queremos, retomou seus trabalhos na última quinta-feira, 8/03, trazendo como pauta principal a questão da desigualdade socioespacial nas metrópoles brasileiras. O encontro aconteceu no Memorial Darcy Ribeiro (Beijódromo), onde têm acontecido, semanalmente, reuniões dos grupos temáticos do Movimento.

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Quem coordenou os trabalhos foi o diretor de Estudos Urbanos e Ambientais da Companhia de Planejamento do DF (Codeplan), Aldo Paviani, que trouxe para reflexão uma das perguntas do grupo sobre “com que medidas a sociedade (governo, empresas e cidadãos) podem reduzir essas desigualdades socioespaciais nas cidades brasileiras?”.

Nessa área, dados apontam uma grande diferenciação entre os padrões de moradia e infra-estrutura dos bairros que habitam as pessoas de classe alta e baixa, fato que tem aumentado a desigualdade nas cidades, sobretudo nas metrópoles do país.

Em busca de respostas e soluções para os problemas nessa pauta, o grupo pretende, a partir desses encontros de discussão, produzir materiais de uso público que versem sobre essas questões e apontem caminhos que tragam melhorias para as cidades, com foco na utilização dos espaços de forma justa e democrática. “Nós vamos canalizar a ideia da inclusão”, ressaltou Paviani.

Economia solidária – Uma das saídas apontadas pelo presidente da União Planetária, Ulisses Riedel, é a economia solidária. Pra ele, é importante “desenvolver bem a questão da economia solidária e suas possibilidades no Brasil”.

Na mesma linha de pensamento de Riedel, um dos participantes da reunião disse que a economia inclusiva é extremamente importante e urgente, mas, só será possível se houver uma mudança de mentalidade. “As pessoas podem empreender. Elas precisam se inserir na economia como empreendedores sociais e acreditar que elas podem”.

Educação – Ainda para os participantes, as soluções citadas acima só serão viáveis se forem atacadas às raízes dos problemas. Para eles, “necessita-se de uma mudança de perfil dos empregos do DF para reduzir a desigualdade social e essa mudança não será possível sem capacitação e cursos técnicos, pois tudo passa pela educação”.

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